quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Se existe eternidade, ela está na verdade!













A um tempo, me comprometi em parar de mentir, não falo de mentiras qualquer, mentiras sinceras, que a gente conta por qualquer motivo trivial, ou para não ofender.
Falo das mentiras que tantas vezes nos mantem presos, imóveis de braços amarrados, assistindo como expectadores o filme da própria vida, numa projeção virtual, que se passa aos nossos olhos, mentiras que nos fazem acreditar em uma realidade falsa, mesmo a realidade estando ali, dura, cortando os pulsos amarrados amortecidos pela ilusão.
Mentiras que alimentam a vaidade, a cegueira, o ego que engana, fazendo parecer forte o que na verdade é tudo fragilidade, reflexo de espelho que pode ser quebrado.
A mim, às mentiras tem se apresentado, como uma zona emocional confortável, passiva. Mas tem me cobrado caro. Paguei com saúde! Tempo! Dinheiro também! Remédios, terapia, projetos inacabados e decisões proteladas.
As mentiras alimentam a negação, a resistência em resolver coisas necessárias.
Tenho parado com isso, numa tentativa de me olhar com mais sinceridade, com mais verdade
Quero a verdade, para aceitar funcionamentos que são natos em mim, fazem parte da minha essência, das fraquezas que não são só adquiridas, mas que estão na alma.
E olhando para quem sou de verdade, tenho tentado ser grande ao enfrentar.
As vezes fico chocada com o que descubro, as vezes consternada, sinto raiva e até choro, mas sinto sobretudo alivio. Poder ser eu, com todos os defeitos que tenho direito nesse mundo de Deus!!
Eu cresci uma vez na infância para a vida adulta e hoje sendo adulta, estou crescendo de novo, por motivos que nem sei ainda e outros que já sei...
Por coisas que estão por vir....
Fácil não é, muito menos gostoso. Exercícios constantes, difíceis e incômodos, exige uma baita vontade e um esforço tão insano que chega a doer
E digo para quem quiser, desenvolver auto sinceridade é se munir de consciência, para que conhecendo a verdade não sejamos lembrados por quem está fora, daquilo que somos de fato. E pior que isso, sermos surpreendidos com coisas que nem sabíamos a respeito de nós mesmos, com a mais pura e inexorável verdade que tanto negamos.