quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Posso não saber o que quero, mas sei o que não quero!



Em alguns livros da Bel Pesce (A Menina do Vale), me identifico com muitos conceitos, admiro a simplicidade  como assuntos delicados e complexos são tratados, de forma clara, sincera e assertiva. Chego a reconhecer em mim algumas experiências e me impressiono com impressões e resultados que também obtive de forma instintiva e já aplico na vida.
É muito simples entender a mágica, a resposta está exatamente em “ser”, quando somos de fato, usamos todo nosso potencial, ora racional, ora instintivo ora emocional para fazermos as coisas de forma correta, e quando colocamos comprometimento, sinceridade e vontade, criamos comportamentos que repetimos, simplesmente porque dão certo, assim como  hábitos, que aos poucos não requerem esforços para serem exteriorizados.
Ser correto, ser comprometido, ser realizador, ser humano e principalmente reconhecer o que não somos, admirar o que gostaríamos de ser e entender o que nos outros nos incomoda, é um começo para simplificar e melhorar.
Hoje uma experiência validou isso:
Em um ambiente desorganizado, trabalhando com prazos limitados e poucas orientações e definições, comecei a me incomodar com algumas atitudes de colegas.
Percebi que havia uma disputa velada de poder e de decisões, uma espécie de gincana de ego, de quem decide mais. Percebi que aos poucos esse comportamento evoluiu para uma demarcação de território, do tipo: quem quiser a orientação que venha até o meu espaço. Percebi uma necessidade de dar a palavra final, nem que a oratória resumisse as colocações expostas anteriormente por outros, como se fosse um “insight” do orador. Loucura total!
Tudo sem sentido, mais ainda porque não havia maldade ou intenção de prejudicar, apenas os egos desfilando inconscientes, ditando os comportamentos, reagindo ao invés de agir.
Achei engraçado, me senti integrante de uma conversa de bêbado, o sentimento foi “involuindo” para raiva e deu seu golpe de misericórdia: Angustia!
Como resultado, um dia exaustivo, confusão, energias sugadas e pouca produtividade, ou seja, ninguém ganhou!
Foi quando me lembrei de uma frase da Bel: “ Se você acha que é o mais esperto da mesa, você está na mesa errada!”
Logo de cara parece uma crítica ao outro, mas não foi. A frase entrou em mim!
Percebi que, por espelhamento, a postura me incomodou tanto, ao ponto de me fazer refletir se eu não tenho também exercido esse comportamento sem perceber, por vaidade ou alguma necessidade inconsciente.
Pois se de alguma forma eu reconheci o mal, não posso ignorar a ideia que ele existe em mim, caso contrário não o reconheceria. Dura lição, para quem está sem paciência!
Analisar com humildade o que tanto crítico!
Para que eu possa definir o que realmente e não quero “ser”.

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