Em alguns livros da Bel Pesce (A Menina do Vale), me
identifico com muitos conceitos, admiro a simplicidade como assuntos delicados e complexos são
tratados, de forma clara, sincera e assertiva. Chego a reconhecer em mim
algumas experiências e me impressiono com impressões e resultados que também obtive
de forma instintiva e já aplico na vida.
É muito simples entender a mágica, a resposta está exatamente
em “ser”, quando somos de fato, usamos todo nosso potencial, ora racional, ora
instintivo ora emocional para fazermos as coisas de forma correta, e quando
colocamos comprometimento, sinceridade e vontade, criamos comportamentos que
repetimos, simplesmente porque dão certo, assim como hábitos, que aos poucos não requerem esforços
para serem exteriorizados.
Ser correto, ser comprometido, ser realizador, ser humano e
principalmente reconhecer o que não somos, admirar o que gostaríamos de ser e
entender o que nos outros nos incomoda, é um começo para simplificar e
melhorar.
Hoje uma experiência validou isso:
Em um ambiente desorganizado, trabalhando com prazos limitados
e poucas orientações e definições, comecei a me incomodar com algumas atitudes
de colegas.
Percebi que havia uma disputa velada de poder e de decisões,
uma espécie de gincana de ego, de quem decide mais. Percebi que aos poucos esse
comportamento evoluiu para uma demarcação de território, do tipo: quem quiser a
orientação que venha até o meu espaço. Percebi uma necessidade de dar a palavra
final, nem que a oratória resumisse as colocações expostas anteriormente por
outros, como se fosse um “insight” do orador. Loucura total!
Tudo sem sentido, mais ainda porque não havia maldade ou
intenção de prejudicar, apenas os egos desfilando inconscientes, ditando os
comportamentos, reagindo ao invés de agir.
Achei engraçado, me senti integrante de uma conversa de
bêbado, o sentimento foi “involuindo” para raiva e deu seu golpe de
misericórdia: Angustia!
Como resultado, um dia exaustivo, confusão, energias sugadas
e pouca produtividade, ou seja, ninguém ganhou!
Foi quando me lembrei de uma frase da Bel: “ Se você acha
que é o mais esperto da mesa, você está na mesa errada!”
Logo de cara parece uma crítica ao outro, mas não foi. A frase entrou em mim!
Percebi que, por espelhamento, a postura me incomodou tanto, ao ponto de me fazer refletir se eu não tenho também exercido esse comportamento sem perceber, por vaidade ou alguma necessidade inconsciente.
Percebi que, por espelhamento, a postura me incomodou tanto, ao ponto de me fazer refletir se eu não tenho também exercido esse comportamento sem perceber, por vaidade ou alguma necessidade inconsciente.
Pois se de alguma forma eu reconheci o mal, não posso ignorar
a ideia que ele existe em mim, caso contrário não o reconheceria. Dura lição,
para quem está sem paciência!
Analisar com humildade o que tanto crítico!
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