segunda-feira, 20 de maio de 2013

MINHAS DESCULPAS SINCERAS

Falo com as mãos, ou não falo, mas as mãos continuam a dar a explicação como se tivessem vida própria.
Interrompo a fala, com a ansiedade de um vulcão, preste a entrar em erupção.
Sinto de verdade a aflição de quem chora, e pergunto exaustivamente porque, na tentativa de aliviar, talvez a minha dor.

Essa sensibilidade exagerada (ou falta dela), faz com que eu fale demais. A sensibilidade faz com que eu não esqueça de uma frase maldita.
A sensibilidade me atrapalha quando eu vejo sem ver...
Traço as minhas conjecturas, traços as minhas lógicas, minhas explicações inclusive para o que não se explica.

Sou hiperativa, sem a menor frescura...

Raciocino diferente, tenho outras lógicas, trago conflitos dentro de mim.
Falo absurdos  (segundo algumas pessoas) e faço críticas severas como se estivesse recitando uma poesia, ou dando um diagnostico fatal, sem a mínima expressão de qualquer coisa.

Nada me incomoda, tenho o vírus do “ Normal Pra Tudo” só não para o que é injusto e para o que doí, fora isso, tudo é normal. É só uma questão de justificativa.

Tenho alma de artista, no pior sentido da expressão, porque sou visceral quando deveria
ser calma e contida. Teatral quando deveria ser uma dama altiva.
È nessa parte que sou mal compreendida, na maioria das vezes incomodo, mesmo sem querer, porque ser assim, faz barulho pra caramba.

Aceito a tarja do desenquadramento social, a maturidade me trouxe o beneficio do “dane-se”.
Aliás, dessa parte eu gosto, porque é nesse lugar que consigo questionar o que é regra imposta. O que manipula e o que liberta. Para questionar é preciso ser livre. Na arte é possível, e é nela que a crítica se manifesta, choca, comove, ou alegra.

Eu choro de rir (na maioria das vezes )
Rio quando tenho que chorar, (em situações limites)
Choro e dou risada ao mesmo tempo, (quando não consigo explicar o que sinto)

Sou capaz de largar qualquer obrigação por um sorvete na esquina, um café na rua ou um passeio sem destino. TDH sem a menor frescura....

Garanto que vale a pena viver, sempre!  As vezes de forma inocente.
Dou provas, argumentos de que tudo vale a pena, sou capaz de desenvolver uma tese de doutorado sobre a ânsia que temos da vida.
E me convenço ainda mais quando vejo alguém com bastante idade vivendo, viajando, estudando, namorando....

Sou atraída pelas cores como uma abelha por uma flor, as matizes chegam a me hipnotizar. As combinações inusitadas nas roupas fazem com que eu encare uma pessoa com tanta  insistência até deixá-la constrangida. As vezes eu fico constrangida antes, acreditem!

Quero ser poeta, escritora, pintora, arquiteta e palhaça, tudo ao mesmo tempo.

Sou nostálgica de nascença e adoro voltar ao passado, nem que seja para dar uma espiada pela brecha do que já foi.

Minha vida é dia, nunca noite, eu tropeço nas pernas depois das dez e as vezes sem horário definido, também caio parada.
Sou capaz de traçar uma perspectiva , mas incapaz de amarrar os tênis sem dificuldade.
Essa ambigüidade me faz ser generosa e egoísta, presente e autista ao mesmo tempo, quero ajudar e invadir.
Sou obvia, amaldiçoou  o mal e abençoou o bem, e quando isso não basta na minha consciência,  vou lá e faço eu mesma. Passo de trator pelas opiniões, e chateio muita gente.
Pago caro pela intensidade, pela falta de paciência. Invado espaços que não são meus.
  
Sou lutadora, guerreira, inconstante e insatisfeita. Hiperativa sem a menor frescura. Reajo a menor provocação e não tenho um pingo de educação com a falta de educação.

Tenho os meus portos, onde descanso, para não surtar, para depois mais tarde começar tudo outra vez, os  portos são os mesmos, apesar dos destinos diferentes.
Estou de viagem, com a mochila nas costas, pronta para ir, mesmo quando quero ficar.

Ignoro, abstraio e irrito.
Entro em um livro e desconsidero tudo que está em volta, paro de ler para respirar, ou para chorar.

O meu silêncio  é confundido com desprezo, e sei que magôo porque silencio quando deveria falar.Não é por mal. Fico presa em mim.
E se sou invasiva quando deveria recuar ou calar, é só a minha maneira de entender, de assimilar, sentir junto, de insistir no outro...
Na verdade é só a louca hiperativa, palhaça, maluca, sem filtro, tentando, assoviar, chupar cana em uma perna de pau.

Como em outro dia, em uma brincadeira com a minhas filhas,  em que tentava andar em uma perna de pau de meio metro de altura, sem a mínima habilidade, mas insistindo  dizendo a mim mesma

 “ Não Desista"

 
E se eu não desisto nem de uma perna de pau,
Imagina então de pessoas?!











E se tiver o mesmo sangue correndo na Artéria ...Então....

Juliana, minhas desculpas sinceras para os seus limites!!
Mas você precisa me amar mesmo com os meus defeitos!!!!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

MOBILE SAMPA



Alvorada feita de luz
E na falta dela, todos os gatos,
são pardos e remotos.
Os rostos também,
No escuro, desconhecidos...
A fachada quando moldura é poesia.
Em forma de imagem,
Que olhando de cima, desce
e olhando de baixo sobe.
Depende de quem vê.
E ver, é sorrir com os olhos.
Sorrir por dentro,
e por todas as razões,
Que não seja o desespero.
Porque a vida passa, não só na hora,
ou no trem que se perde.
Mas em tudo que não se acha.
A vida passa, porque viver é outra coisa.



Escrita sob inspiração das imagens do Arquiteto mais Fotografo que conheço, Léo Hatanaka
http://mobilesampa.blogspot.com.br/

domingo, 12 de maio de 2013

EU ERA UMA ÓTIMA MÃE, ANTES DE TER FILHOS.




Em um dos meus aniversários ganhei um livro com o seguinte título:

“Eu era uma ótima mãe antes de ter filhos”

Me diverti muito só com o título, ainda não conseguir ler por um motivo muito óbvio que tem a ver com a parte do titulo “ ter filhos”.

Sem precisar fazer nenhum curso já aprendi que:
Mãe é sinônimo de culpa, não sei que raio de culpa é essa que gruda na gente, um peso que fica  preso aqui dentro, a sensação de que não estou fazendo o suficiente, de que não atendo as expectativas, de  que dou muito menos do que devia , de que a educação e a atenção tinha que ser melhor, e a lista de auto cobrança continua interminável...
Penso que, toda essa culpa  é só a consciência   da minha  limitação, da minha humanidade.
A maternidade não me trouxe o título da perfeição como esperava,  achava que ao parir minhas filhas, desceria sobre mim uma luz divina, uma energia do tipo  “Mãe Virgem Maria e pronto.
Pelo contrário, desceu sim, mas desceu o caos, desceu a confusão, as provas, os testes de paciência, as noites sem dormir, as febres, resfriados, cataporas, a casa de perna pro ar e a vida de pernas pro ar.  A vida revirada!!

Aprendi a ser filha depois de ser mãe, sei quanto custa agora, optar, fazer escolhas não pensando mais em mim, deixar de ser, de fazer...

Eu erro bastante, mas do que na teoria admitiria, tentando acertar, e dos erros faço os degrauzinhos que subo carregando minhas crias no colo e apertando-as bem forte para não cairmos. Mas nos acertos a gente comemora  dançando ou brincando, nessas horas deixo as crias soltas, livres.

A palavra desapego hoje tem seu peso e seu preço.
Desapego sim!!! De tudo que eu posso viver sem, depois de ser mãe essa lista aumentou bastante, estou quase um monge tibetano, livre de tudo que é quinquilharia, mas  nessa lista com certeza não estão as minhas filhas. O meu desapego é só material!!

Nunca fui chegada em animal de estimação, talvez  por medo da responsabilidade, de responder por  outra vida alem da minha. E no entanto,  ao olhar para cada uma das minhas pequenas pela primeira vez, senti uma enorme gratidão pela vida e por aquelas vidas, mesmo com as pernas bambas de tanto medo da responsabilidade.

A maternidade me tornou uma pessoa melhor, não na aparência, óbvio!!! Ganhei alguns fios brancos na cabeça, alguns quilos, umas estrias também...

Mas me sinto melhor, hoje eu desejo pessoas e um mundo melhor,  hoje eu tenho uma fobia que um monte de gente se diverte com isso, “o medo do fim do mundo”, e tenho medo de morrer...
Todos os clichês viram verdades morais ou cotidianas.
Ser mãe, é sim padecer no paraíso, uma mistura de inferno e céu, o inferno é não ter o poder de ocupar o lugar dos filhos na hora do sofrimento e o céu é tudo  que compensa o inferno, tudo que os tornam felizes.
Ser mãe é isso, nada fácil, nem para os filhos, nem para eu mesma, e apesar dos livros, e das técnicas, os filhos são entregues sem o manual de instrução (acreditem!). Pode descarregar uma biblioteca inteira, não tem!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

GAME OVER





Li hoje, pela manhã em um jornal, sobre   um game novo disponível na internet, a proposta é levar o jogador para o futuro, mais exatamente para 2041 no Rio de Janeiro. 
O jogo se chama FavelaWars.
Essa idéia surge depois do criador enfrentar um arrastão na linha vermelha, na zona Norte do Rio de Janeiro.
No futuro virtual, o criador propõe um cenário de guerra nas  favelas, que hoje na realidade  se encontram pacificadas, nesse cenário virtual, as favelas estão dominadas pelo tráfico e jogador poderá escolher entre ser  policia ou traficante.
 
Os desenhos são conhecidos até por serem muito reais, também crédito do criador; Santa Marta, Rocinha, Cidade de Deus...
                                           
Diz a mídia que, foram feitas as devidas pesquisas para fantasiar como estariam essas comunidades em 2041.
 
Para os pessimistas, talvez não seja difícil imaginar que daqui a uns 30 anos, a situação esteja pior mesmo.
 
Já vi jogos que remetem o jogador para outras guerras,  Medievais, I e II Guerras Mundiais,  mar Negro, lendários soldados de Esparta.... Para mim em todas essas situações, temos um exemplo claro do fascínio que temos pelas desgraças do passado e mais interessante ainda, nesse caso do Rio de Janeiro, o fascínio que temos, quando  a desgraça é anunciada para o futuro.
 
Alguns especialistas defendem que o jogo não acentua o preconceito ao mostrar para o mundo as comunidades do Rio, porque a mídia já mostra isso o tempo todo. Concordo!
 
A mídia também mostra a violência todos os dias, que é tão real quanto as favelas do Rio.

Na TV somos expectadores passivos, não estamos interagindo com a violência real, na melhor das situações, estamos recebendo a informação e formando uma analise critica dos fatos.
Mas na "Realidade", lá no meio da guerra de verdade, tem gente de verdade, gente que trabalha de verdade, estuda de verdade e morre de verdade.
 
Enquanto no cinema, na arte, na literatura, assistimos a violência também, como proposta de reflexão e por isso fica mais fácil aceitamos a violência diante dos nossos olhos .  

Mas a diferença é que na arte,  elaboramos os discursos através das reflexões propostas, da crítica. No jogo não,  se interage com a violência,  se participa dela, no jogo se aperta o gatilho, seja você a policia ou o bandido. E portanto é para mim um exercício claro de violência sim,  mesmo que virtual.
 
Não há reflexão como na arte, a proposta não é essa para os games.

Quando leio um especialista em sociologia, falando sobre os games e  dizendo que a sociedade tem que saber lidar com a violência, fico pensando; De que forma aprendo isso?
 
Lidar com a violência seria colocar um adolescente em plena fase caracterizada por alterações em diversos níveis, físico, mental e social, para apertar um gatilho virtual?
 
Pelo que eu sei , muitas pessoas concordam não ser correto  comprar armas de brinquedos  para as crianças e  ainda incentivar  a banalização da violência de forma lúdica
 
Estamos mortos!!!  Porque essa logica que expresso aqui, parece não ser a lógica do mercado, pois  nossos jovens "modernos" consomem cada vez mais  brinquedinhos virtuais politicamente e humanamente incorretos.

Desconfio que  eu (adulta) já consego lidar com a violência, aquela que não posso evitar, quando assisto e leio desgraça todos os dias na mídia, é tanta repetição dos fatos, tanto do mesmo, que as vezes  não me importo. Ser a expectadora é o lado fácil, sem interagir, no meio de tanta desgraça já me trás uma frieza ao espírito que me assusta, ignoro o absurdo. E as vezes me assusto comigo.

Talvez seja uma forma de lidar...

Sem querer julgar, porque sei que existem casos de doenças mentais sérias,  fico aqui pensando com os meus botões:
Se aquele jovem que entrou em um  cinema nos EUA, durante a exibição de um filme do Batman "O Cavaleiro das Trevas "  e matou não sei quantas pessoas e depois foi achado em um estacionamento com a máscara do Coringa, não pensou naquele momento estar em um  game  e ser descoberto pela polícia seria apenas um GAME OVER em letras piscantes  e  brilhantes.
 
Pessimismo nada!! Pode ser que estejamos piores mesmo. Quem faz o jogo conhece a realidade e  o mercado.
E se vende é porque aquela regrinha da  demanda, procura e oferta  vale até para a desgraça anunciada lá em 2041.

terça-feira, 7 de maio de 2013

AMOR SOB VONTADE



Estou a 15 anos em um relacionamento, sem compromisso formal, fruto de um compromisso moral, não público, não escrito, um acordo mutável, com cláusulas invisíveis, escritas no coração e revistas de tempos em tempos.

Não sei se existe uma fórmula para relacionamentos durarem, ou até aonde vai o meu, mas com o tempo que alem de rugas, traz maturidade, aprendi que a vontade prevalece sobre o amor.

Calma que eu explico!!!!

Sempre que converso sobre relacionamentos me posiciono da seguinte forma:
A vontade de fazer dar certo é mais importante que o amor. E bota vontade nisso!!!

Se você acabou de conhecer alguém e está com taquicardia toda vez que pensa nele ou nela. PARE AGORA de ler isso, mas se não for o caso, vamos lá...

Tudo começa do começo!!

Mas paixão, meus queridos, tem prazo de validade, comprovado cientificamente, para a nossa sorte e para o nosso azar.

É inegável os benefícios de estar apaixonado, tudo tem mais cor, mais cheiro, mais gosto, mais presença, a perna amolece o ar falta e por ai vai....Mas é inegável também que é impossível viver nessas condições para sempre. Haja energia!
Afinal é preciso navegar. E se navegar é preciso, tem que ser com o mínimo de centralidade e concentração, alem da bússola, coisas que não existem no “Modo Operante Paixão”

E por falar em bússola, olha como a natureza é inteligentíssima!! Lembra da alegoria do homem das cavernas caçando a sua fêmea a cacetada e arrastando-a  pelos cabelos?
Só a paixão e o período fértil explica essa concessão por parte da mulher! Depois disso, com certeza a questão não será resolvida assim! Por isso que, depois da concessão que só a natureza humana e o capeta explica, tem que vir os acordos, que é o amor manifestado de forma mais racional. A Bússola!!!


Mas e aí? E o amor, as borboletas, as fadas e tudo mais? Love is dead?

Claro que não, acredito no amor por formação, o amor é a essência da vida, em todos os seus níveis e formas, a força de tudo, o que faz a paixão amadurecer.

E por ser força, ao contrário da paixão que é extinto, o amor é vontade manifestada.
E dessa forma explico, o porque digo sempre que:  Mais importante que o amor é a vontade de fazer dar certo.  Porque o amor depende da vontade.

Amar está diretamente relacionado as escolhas conscientes, um exercício sem fim de concessões racionais, acordos, perdão, recomeços e de  fazer dar certo.

Dessa forma volto ao começo da conversa, sobre acordos, que devem ser revistos de tempos em tempos.

A escolha entre uma overdose de tédio a dois, ou uma vida compartilhada, uma parceria intensa, criativa e prazerosa é de cada um.
Só o amor constrói relacionamentos saudáveis.
Se amor estiver sob a vontade!!! Ele não acaba, ele cresce e se transforma

A um tempo, em uma conversa com meu querido irmão Joel, solteiríssimo de carteirinha, conversas daquelas que entravamos pelas madrugadas filosofando, ele  disse algo que nunca mais esqueci, sobre um trecho de uma música do Barão Vermelho que é uma adaptação de uma poesia atribuída a Vitor Hugo.

“ Desejo que você tenha a quem amar, e quando estiver bem cansado, que ainda exista amor pra recomeçar...”

Em resumo é isso que eu quero dizer!!!




segunda-feira, 6 de maio de 2013

EU QUERO AGORA !

Quero tardes livres, para que todos os dias, o por do sol seja meu. Além claro, com tudo que já tenho, que já me pertence.
Quero ser livre no sair e no chegar, nas escolhas, nas trivialidades, no mais e no menos
Eu quero um livro e uma sombra e se possível pão e vinho, se não for pedir muito em algum lugar em que ninguém  ache estranho alguém em plena tarde, fazer isso.
Eu quero a vida fora da janela, fora do carro, fora da hora.
Eu quero sentir tédio por não fazer nada, cansar de descansar e aí descansar de novo. Balançar na rede até enjoar. Dormir mais... E acordada, viver mais.
Quero cansar só de brincar com as minhas filhas, quero cansar de olhar para elas, sentir fadiga apenas de passear, de uma tarde livre, de caminhada.
Quero assistir um filme, sem pensar no que vou fazer depois.
Quero apertar o botão só do elevador de amigos, ou de um elevador que me leve para alguma varanda aberta, ou apenas o botão da minha camisa.

Eu quero, nenhuma entrega, nenhum prazo e nada que dependa de mim para acontecer, quero a sensação que as coisas acontecem sem a minha interferência, assim como devem ser, naturais.
Eu quero a naturalidade, uma vida sem interesse mesquinho, quero andar de chinelo e também poder colocar o pé no chão.


Eu quero tudo isso agora!  Na segunda feira, aqui na minha mesa, no trabalho. Pode ser?


sexta-feira, 3 de maio de 2013

BUSINESSGIRL - SER MULHER NO MUNDO DE HOMENS





Existe uma linguagem no mundo  Business  que é masculina e que difere completamente da forma com que as mulheres tratam os mesmos assuntos. Antes, a bem pouco tempo o mercado era quase que exclusivamente Businessman, a impressão é que essa lógica ainda “vale veladamente”. Uma espécie de código secreto, não verbal.
Por ser inegável as diferenças, acho muito triste uma mulher querer parecer um homem nos negócios, no trabalho e nas relações profissionais.
Não é  bandeira feminista, já evoluímos bastante a ponto de não precisarmos mais disso, todos entendem que não se trata de definir quem é melhor, quem faz melhor e sim de dividir espaços e opiniões. Coexistir, não cada um no seu quadrado, ao contrario, cada  um com o pé no quadrado do outro. Lembrando nessa parte, lavar louça não faz cair a mão!!!






É simples, não  existe tanto homem assim para fazer todo o serviço e a mulherada aprende bastante com a objetividade masculina. A convivência é necessária! E não a competição.
E por isso que cada um deve se fazer respeitar no seu gênero. Procuro repetir isso como um mantra. Não quero nunca parecer um homem de batom.

Tento trabalhar  essas energias diferentes, a masculina e a feminina, buscar o equilíbrio nas relações de trabalho, aprender e depois fazer do meu jeito. A balança não pode pender só para um lado, pessoas não são o centro do universo e até o universo é regido pelo equilíbrio.

Já tive muitas experiências desagradáveis, algumas de desrespeito, que se eu fosse homem resolveria no soco, na marcação territorial, na briga pelo posto de macho alfa e depois tomaria uma cerveja no final do dia com meu opositor. Assunto resolvido!
Mas nisso estou em desvantagem, apenas nisso, porque inegavelmente sou mais emocional e é nessas horas que preciso invocar meu lado masculino, sem testoterona, misturada com  toda minha energia feminina e usar a inteligência. Ajo elegantemente, sem competição de “mijo” a distância,  ciente que não posso enfiar um soco na cara, mas posso manipular  e manipular inclusive o ego do ser das cavernas a minha frente, alias de forma tão cruel quanto uma agressão física e mandá-lo para análise.

A propósito, tenho uma historia ótima.
Uma amiga, mulher bem sucedida, gerente de TI, inteligente na mesma proporção da sua sensibilidade, me fez dar boas gargalhadas me contando do seu novo projeto.
Tudo começou em uma viagem a Turquia a algum tempo,  em que ficou amiga do dono do hotel em que ficou hospedada. (Quem é homem nessa parte já ta pensando besteira Rs!! Nada disso!! )
Recebeu agora uma proposta de negócio, devido a procura de brasileiros para viagens para essa região, sua missão é  traduzir um site, reestruturá-lo, torná-lo viável nas bases sei  lá do que, bla bla bla, linguagem de TI....
A proposta se baseia em um valor fixo por mês e uma porcentagem de lucros.
Nada boba, na hora percebeu que o negócio é turco e tratou de aumentar bem os valores, com a impressão (claro) de que, o Turco ainda está levando a  vantagem.
Mas a segunda parte do acordo me fez chorar de rir. O Turco teria que conseguir que ela participasse da colheita de pétalas de rosa em Esparta, logo ali pertinho na região do mediterrâneo!!! Para ela ver como é a produção de óleos essenciais. E ele concordou!!!
Esqueci de perguntar se a estadia está no contrato!

Ainda bem, para o Turco, que a negociação não  foi um namorado, alto, bonito, forte, bem sucedido, gentil (ou não) fiel,  que a ame, etc, etc....

Porque ela teria conseguido!!!