Entre com cuidado, não sou tão boazinha.
Eu sou tantas acredite! Tantas em mim, que as vezes não sei quem está no controle.
Sou insana quando desrespeitada e fria diante a silêncios punitivos.
Sou vazia diante a ofensas e oleosa para elogios falsos,
Escorrego das palavras mentirosas com cara de quem sente um cheiro ruim
Sou afiada nas críticas e salgada nos julgamentos, peço senso de justiça, na mesma proporção que peço vingança.
Sou culta, sem pretensão, mais por construção de vida, e por escolhas de sobrevivência do que por vaidade, e uso sim em causa própria, para meu benefício.
Vou manipular se for preciso, para me proteger.
Sou pragmática para os meus egoísmos e os justifico com verdades que me valham.
Se eu não quero dividir, nem peça, para não se assustar.
Não quero sorrir para maus tratos e fingir que indiferença não é nada.
Mas quando eu rir, saiba interpretar, em situaçoes limites, geralmente dou risada porque dar facada é crime.
Não vou ouvir enquanto gritam.
Quero apertar os olhos em direção certeira, franzir a testa, e enfiar o dedo no nariz alheio.
Quero o extinto da preservação, da auto proteção, da não permissão.
Não quero juízo para o que é visceral, quero a humanidade, o bem e o mal.
Invoco o não comportamento, sempre que necessário, sempre que justo.
Serei cruel, pode acreditar.
Persona non grata, com muito prazer.
Sou, porque ser é melhor que nada.
Sem ser boazinha, sem doer,
em mim pelo menos, não sei em você
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