Eu escrevo a muito tempo, sem a pretensão de estar correto ou não, não sou escritora é apenas uma válvula de escape, tenho agendas escritas diariamente, com historias reais, algumas fantásticas outras tristes, curiosas e a maioria apenas cotidianas, tenho cartas que expressavam tudo o que eu não consigo falar, cartas que organizavam meus sentimentos e trabalhavam minha aceitação diante de fatos que não consigo mudar, tenho declarações das mais absurdas imagináveis, enfim, escrever me faz bem, traz para o papel aquilo que meu consciente não tem tempo de filtrar, é dessa forma que depois me entendo melhor, mas do que eu poderia conscientemente fazer por mim mesma.
Como escrever me ajuda a organizar os pensamentos e eu preciso exercitar isso constantemente se não, fica impossível (pelo menos para mim) viver, uso também o artifício para me acalmar, é uma das poucas horas que, pasmem!! Consigo ficar sem falar, escrever me faz aceitar o meio jeito de ser, já que sou a pessoa mais penalizada por mim mesma.
Acho que Isso responde a primeira pergunta.
Agora respondendo a segunda questão:
O porque escrevo ultimamente sobre a loucura, não só a minha mais a dos outros, esclareço que não é nenhuma tentativa de explicar nada, não tenho pretensão e nem competência para isso. Escrever sobre a loucura do cotidiano é uma forma de rir e rir é um remédio paliativo para o mal em si (que no meu caso) não tem cura (ainda bem!!)
Escrevo acerca da loucura porque já aceitei que a razão implacável não existe, o mundo já sofreu tanto com isso, pagamos as contas até hoje das verdades absolutas.
Aceitei que toda razão é passível de mudança, toda verdade só é verdade até que alguém prove o contrário, e se tudo passa por revisões e somos obrigados as revermos nossas verdades de tempos em tempos , posso concluir como postura de vida que as verdades e a razão que não se transformam quando necessárias são vaidades e cegueira.
Então é bom se acostumar, assim como eu, com a própria maluquice!
E registrar maluquices não é tão novidade assim; Quem já não riu de si mesmo? Todo mundo já fez coisas que não tem coragem de contar até que alguma outra pessoa admite que também já fez e pronto: vem a sensação de normalidade, sim normalidade, porque se algo que parece estranho for praticado por muita gente, passa a ser comum, vai para a categoria de normal.
Tirar algo da lista do inusitado e passar para a lista de costumes é enquadrar, normalizar. Toda ideia nova parece loucura até que se acostume com ela...
Mas os loucos são os que se libertam de qualquer pensamento julgador ou será isso o principio da sabedoria? Viuuuuuuuuu????? Como não é fácil saber qual a direção certa!!!!
Ninguém sabe quem é o sábio e o louco ou se os dois coabitam o mesmo espaço ou se um dá licença para o outro ou se eles se esmurram...
Então dessa forma peço licença, sem ofender ninguém para continuar a escrever sobre isso. Sem ofender os loucos os sábios os poetas, os românticos, os inventores os cientistas os artistas os lunáticos os aventureiros os sonhadores os gênios os psicólogos os médicos; Afinal de médico e louco... Os loucos somos nós!.
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